Grande final entre CRB e Coruripe aconteceu no Rei Pelé (Foto: Itawi Albuquerque/TNH1) |
Uma surpresa que caiu no Rei Pelé acompanhada pela chuva que
presenteou os torcedores que foram ao Trapichão com um jogo típico de
decisão. A noite desta quarta-feira (30), não será esquecida por
torcedores e jogadores do Coruripe, que segurou de forma inteligente e
heroica, uma pressão intensa do CRB, garantindo o empate em 0 a 0 e
conquistando assim, o Campeonato Alagoano 2014, o terceiro da sua
história.
Agora campeão estadual, o Coruripe comemora por inúmeros motivos,
tendo em vista que retornou este ano da segunda divisão e volta a erguer a
taça do Alagoano, após conquistar os títulos em 2006 e 2007.
Além de disputar o Brasileiro da Série D no segundo semestre, o
“Hulk” terá em seu calendário, além do estadual, onde defenderá o
título, as disputas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil.
O JOGO - 1º TEMPO
Estádio lotado para empurrar o CRB, que começou o jogo pressionando e
encurralando o Coruripe em seu campo de defesa. Porém, o time
visitante, que tinha a vantagem do empate estava fechado e seguro em sua
defesa.
Com certa dificuldade em penetrar na área alviverde, o CRB tentava
jogadas de bola aérea, buscando principalmente Denílson que por duas
vezes teve chance, mas com oportunidades diferentes. Na primeira, após
cruzamento de Diego Aragão, dividiu no alto e mandou rente à trave do
goleiro Santos. Na segunda, não estava bem posicionado e além de tocar
fraco de cabeça, tirou uma bola que poderia sobrar para o companheiro
Henrique Dias.
Aos poucos, o Coruripe saía para o jogo e mesmo sufocado tentava
criar as suas jogadas de ataque e também assustar o CRB. As tentativas
não surtiam efeito e ainda abriam espaço para o CRB, que depois de um
contra-ataque, ganhou um escanteio que depois de cobrado, sobrou com
Olívio, que bateu em cima do arqueiro rival.
Passada metade da primeira etapa, o cenário da partida mostrava um
verdadeiro jogo de “gato e rato”. O CRB tinha maior volume de jogo,
cercava o time do Coruripe, mas não conseguia finalizar, só levando
perigo nas bolas aéreas ou sobra de bola. O Coruripe por sua vez,
aproveitava qualquer espaço dado pelo time da casa, para emplacar
contragolpes e até investia, no entanto, os atacantes Ivan e Etinho
tinham dificuldades em chegar juntos ao ataque.
O final do primeiro tempo se aproximava e ficava tenso. Isso porque, o
Coruripe conseguia executar o seu plano de não tomar gol. O time do
litoral sul encaixou a marcação, impedia a criação de jogadas do CRB e
tentava parar o jogo por várias vezes, seja com faltas cometidas,
sofridas e também com a famosa “cera”.
Aos 48 minutos, o árbitro Francisco Carlos Nascimento encerrou a
etapa com empate sem gols entre CRB e Coruripe, resultado que ia
proporcionando o título do estadual ao time alviverde.
2º TEMPO
Na volta para o segundo tempo, o técnico Eduardo Souza optou por mais
velocidade, tirando Henrique Dias, que pouco fez no primeiro tempo,
para entrada do veloz Marcelo Maciel, que teria a missão de incendiar o
jogo, coisa que o time da casa, que precisava do resultado, não
conseguiu fazer. Mas, assim como no primeiro tempo, cada espaço era usado como
contra-ataque. Em sua primeira oportunidade, o Coruripe por pouco não
marca, quando George invadiu a área, mas bateu forte e mandou por cima
do gol de Júlio César.
O segundo tempo seria de fortes emoções, tendo em vista que, enquanto
havia pernas, as duas equipes iriam responder as investidas rivais. O
Coruripe teve contra-ataque puxado por Aurélio, que tentou passe que
deixaria Etinho livre, mas, prontamente cortado por Johnnattan.
A cada minuto que passava, a necessidade de gol aumentava para o CRB.
Precisando do resultado, o técnico regatiano mandou mais um atacante
para o jogo. Tozin entrou no lugar do meia Geovani, que não conseguiu se
encontrar na partida.
O tempo passava rápido para o CRB, que pouco conseguia criar por seus
próprios méritos. Mas, a insistência quase resulta em gol, quando o
Coruripe errou numa tentativa de afastar o perigo e a bola acabou
sobrando para Diego Aragão, que cruzou na cabeça de Tozin, livre, para
testar para fora, na melhor chance do time alvirrubro até então.
O Coruripe por sua vez, continuava à fazer um jogo inteligente.
Apesar da pressão rival, se mostrava seguro na defesa e não abdicava do
ataque. A prova disso é que o atacante Ivan, que era dúvida antes do
jogo, foi substituído pelo centroavante Jailton, ex-jogador do CRB e que
marcou o gol da vitória do “Hulk” no primeiro jogo da decisão.
Passados 75% da decisão, o CRB teria o restante para reverter a
situação. Na última substituição de Eduardo Souza, o meia Léo entrou no
lugar do volante Johnnattan. Com isso, o time da casa tinha apenas um
jogador de marcação no meio campo, Olívio e numa linha de frente com
Léo, Diego Rosa, Denilson, Tozin e Marcelo Maciel.
Na base do abafa, o CRB por muito pouco não marca, para desespero da
torcida. Cobrança de escanteio, Marcelo Maciel se chocou com o lateral
George, a torcida pediu pênalti, mas o árbitro mandou seguir e na
sequência da jogada, Denílson aproveitou sobra de bola, dominou e
emendou uma bicicleta, assustando o goleiro Santos.
Faltando menos de 15 minutos para o final da partida, o CRB que
precisava de pelo menos um gol para levar a partida para a prorrogação,
ganhou um alento. O atacante Etinho foi ao ataque e fez falta dura em
Diego Aragão. Como já tinha amarelo, acabou expulso.
Apesar da superioridade numérica, o CRB não conseguia criar e chegar
ao gol. O time regatiano pressionava e encurralava o Coruripe como ainda
não havia feito, mas esbarrava na “inteira” defesa do Coruripe, que
afastava todas as bolas. Quando a “redonda” passava, o goleiro Santos
torcia e via a bola seguir para a linha de fundo.
O duelo já passava dos 40 minutos, quando o CRB teve mais uma chance
de gol. Denílson aproveitou sobra de bola e mandou rasteiro e o goleiro
Santos, mesmo encoberto, tocou na bola que ainda acertou a trave.
O CRB pressionava e todas as bolas na área contavam ainda com o
goleiro Júlio César. Em uma dessas jogadas, quase um gol antológico.
Após a defesa afastar, o meia Aurélio, destaque do Coruripe no jogo,
antes do meio de campo arriscou e a baliza regatiana, resguardada apenas
pelo lateral-esquerdo Gleidson, teve a bola passando rente a trave.
Cinco minutos se passaram, mas não foram o bastante. A pressão foi
intensificada mas o Coruripe, de forma heroica, conseguiu segurar o
resultado e assim, sagrou-se o campeão alagoano de 2014.
FICHA TÉCNICA:
FICHA TÉCNICA:
Campeonato Alagoano 2014 - Final - Segundo jogo
Estádio Rei Pelé - Maceió, Alagoas
Placar: CRB 0x0 Coruripe
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (FIFA-AL)
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (FIFA-AL)
Assistente 1: Carlos Jorge Titara da Rocha (CBF-AL)
Assistente 2: Otávio Correia de Araújo Neto (CBF-AL)
Técnico: Eduardo Souza
Técnico: Jaelson Marcelino
Cartões Amarelos: Gleidson (CRB) / George, Etinho, Batista (no banco de reservas), Anderson e Chiquinho (Coruripe)
Cartões Vermelhos: Éder (no banco de reservas) e Etinho (Coruripe)
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