quarta-feira, 30 de abril de 2014

CRB pressiona, mas empate em 0 a 0 garantiu ao Coruripe o título do Campeonato Alagoano 2014

Grande final entre CRB e Coruripe aconteceu no Rei Pelé (Foto: Itawi Albuquerque/TNH1)
Uma surpresa que caiu no Rei Pelé acompanhada pela chuva que presenteou os torcedores que foram ao Trapichão com um jogo típico de decisão. A noite desta quarta-feira (30), não será esquecida por torcedores e jogadores do Coruripe, que segurou de forma inteligente e heroica, uma pressão intensa do CRB, garantindo o empate em 0 a 0 e conquistando assim, o Campeonato Alagoano 2014, o terceiro da sua história.

Agora campeão estadual, o Coruripe comemora por inúmeros motivos, tendo em vista que retornou este ano da segunda divisão e volta a erguer a taça do Alagoano, após conquistar os títulos em 2006 e 2007.

Além de disputar o Brasileiro da Série D no segundo semestre, o “Hulk” terá em seu calendário, além do estadual, onde defenderá o título, as disputas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil.

O JOGO - 1º TEMPO

Estádio lotado para empurrar o CRB, que começou o jogo pressionando e encurralando o Coruripe em seu campo de defesa. Porém, o time visitante, que tinha a vantagem do empate estava fechado e seguro em sua defesa.

Com certa dificuldade em penetrar na área alviverde, o CRB tentava jogadas de bola aérea, buscando principalmente Denílson que por duas vezes teve chance, mas com oportunidades diferentes. Na primeira, após cruzamento de Diego Aragão, dividiu no alto e mandou rente à trave do goleiro Santos. Na segunda, não estava bem posicionado e além de tocar fraco de cabeça, tirou uma bola que poderia sobrar para o companheiro Henrique Dias.

Aos poucos, o Coruripe saía para o jogo e mesmo sufocado tentava criar as suas jogadas de ataque e também assustar o CRB. As tentativas não surtiam efeito e ainda abriam espaço para o CRB, que depois de um contra-ataque, ganhou um escanteio que depois de cobrado, sobrou com Olívio, que bateu em cima do arqueiro rival.

Passada metade da primeira etapa, o cenário da partida mostrava um verdadeiro jogo de “gato e rato”. O CRB tinha maior volume de jogo, cercava o time do Coruripe, mas não conseguia finalizar, só levando perigo nas bolas aéreas ou sobra de bola. O Coruripe por sua vez, aproveitava qualquer espaço dado pelo time da casa, para emplacar contragolpes e até investia, no entanto, os atacantes Ivan e Etinho tinham dificuldades em chegar juntos ao ataque.

O final do primeiro tempo se aproximava e ficava tenso. Isso porque, o Coruripe conseguia executar o seu plano de não tomar gol. O time do litoral sul encaixou a marcação, impedia a criação de jogadas do CRB e tentava parar o jogo por várias vezes, seja com faltas cometidas, sofridas e também com a famosa “cera”.

Aos 48 minutos, o árbitro Francisco Carlos Nascimento encerrou a etapa com empate sem gols entre CRB e Coruripe, resultado que ia proporcionando o título do estadual ao time alviverde.

2º TEMPO

Na volta para o segundo tempo, o técnico Eduardo Souza optou por mais velocidade, tirando Henrique Dias, que pouco fez no primeiro tempo, para entrada do veloz Marcelo Maciel, que teria a missão de incendiar o jogo, coisa que o time da casa, que precisava do resultado, não conseguiu fazer. Mas, assim como no primeiro tempo, cada espaço era usado como contra-ataque. Em sua primeira oportunidade, o Coruripe por pouco não marca, quando George invadiu a área, mas bateu forte e mandou por cima do gol de Júlio César.

O segundo tempo seria de fortes emoções, tendo em vista que, enquanto havia pernas, as duas equipes iriam responder as investidas rivais. O Coruripe teve contra-ataque puxado por Aurélio, que tentou passe que deixaria Etinho livre, mas, prontamente cortado por Johnnattan.

A cada minuto que passava, a necessidade de gol aumentava para o CRB. Precisando do resultado, o técnico regatiano mandou mais um atacante para o jogo. Tozin entrou no lugar do meia Geovani, que não conseguiu se encontrar na partida.

O tempo passava rápido para o CRB, que pouco conseguia criar por seus próprios méritos. Mas, a insistência quase resulta em gol, quando o Coruripe errou numa tentativa de afastar o perigo e a bola acabou sobrando para Diego Aragão, que cruzou na cabeça de Tozin, livre, para testar para fora, na melhor chance do time alvirrubro até então.

O Coruripe por sua vez, continuava à fazer um jogo inteligente. Apesar da pressão rival, se mostrava seguro na defesa e não abdicava do ataque. A prova disso é que o atacante Ivan, que era dúvida antes do jogo, foi substituído pelo centroavante Jailton, ex-jogador do CRB e que marcou o gol da vitória do “Hulk” no primeiro jogo da decisão.

Passados 75% da decisão, o CRB teria o restante para reverter a situação. Na última substituição de Eduardo Souza, o meia Léo entrou no lugar do volante Johnnattan. Com isso, o time da casa tinha apenas um jogador de marcação no meio campo, Olívio e numa linha de frente com Léo, Diego Rosa, Denilson, Tozin e Marcelo Maciel.

Na base do abafa, o CRB por muito pouco não marca, para desespero da torcida. Cobrança de escanteio, Marcelo Maciel se chocou com o lateral George, a torcida pediu pênalti, mas o árbitro mandou seguir e na sequência da jogada, Denílson aproveitou sobra de bola, dominou e emendou uma bicicleta, assustando o goleiro Santos.

Faltando menos de 15 minutos para o final da partida, o CRB que precisava de pelo menos um gol para levar a partida para a prorrogação, ganhou um alento. O atacante Etinho foi ao ataque e fez falta dura em Diego Aragão. Como já tinha amarelo, acabou expulso.

Apesar da superioridade numérica, o CRB não conseguia criar e chegar ao gol. O time regatiano pressionava e encurralava o Coruripe como ainda não havia feito, mas esbarrava na “inteira” defesa do Coruripe, que afastava todas as bolas. Quando a “redonda” passava, o goleiro Santos torcia e via a bola seguir para a linha de fundo.

O duelo já passava dos 40 minutos, quando o CRB teve mais uma chance de gol. Denílson aproveitou sobra de bola e mandou rasteiro e o goleiro Santos, mesmo encoberto, tocou na bola que ainda acertou a trave.

O CRB pressionava e todas as bolas na área contavam ainda com o goleiro Júlio César. Em uma dessas jogadas, quase um gol antológico. Após a defesa afastar, o meia Aurélio, destaque do Coruripe no jogo, antes do meio de campo arriscou e a baliza regatiana, resguardada apenas pelo lateral-esquerdo Gleidson, teve a bola passando rente a trave.

Cinco minutos se passaram, mas não foram o bastante. A pressão foi intensificada mas o Coruripe, de forma heroica, conseguiu segurar o resultado e assim, sagrou-se o campeão alagoano de 2014.

FICHA TÉCNICA: 

Campeonato Alagoano 2014 - Final - Segundo jogo
Estádio Rei Pelé - Maceió, Alagoas
Placar: CRB 0x0 Coruripe

Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (FIFA-AL)
Assistente 1: Carlos Jorge Titara da Rocha (CBF-AL)
Assistente 2: Otávio Correia de Araújo Neto (CBF-AL) 

CRB: Júlio César; Diego Aragão, Marcus Vinícius, Rodrigão e Gleidson; Olívio, Johnnattan (Léo) e Geovani (Tozin); Diego Rosa, Denílson e Henrique Dias (Marcelo Maciel).

Técnico: Eduardo Souza

Coruripe: Santos; Chiquinho, Tiago Papel, Williams José e George (Paulinho); Jota (Jair), Mazinho, Anderson e Aurélio; Etinho e Ivan (Jailton).

Técnico: Jaelson Marcelino

Cartões Amarelos: Gleidson (CRB) / George, Etinho, Batista (no banco de reservas), Anderson e Chiquinho (Coruripe)

Cartões Vermelhos: Éder (no banco de reservas) e Etinho (Coruripe)

Alvirrubros de Coração com MinutoEsportes

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